Esporte Pernambuco

O Santa virou freguês

O Santa Cruz, nos últimos dias, virou saco de pancadas do Sport. Foram três derrotas seguidas. Uma pelo Campeonato Pernambucano e duas pela Copa do Nordeste. Os resultados negativos representam um balde d’água fria na fervura da apaixonada torcida tricolor. Mas, se servir de consolo, é bom atentar para o ditado de que “há males que vêm para o bem”. Ou seja, é bom que tanto a diretoria como alguns torcedores que se deixam levar facilmente pela emoção desçam do salto alto e parem de pensar na atual equipe como sendo um supertime, coisa que ela não é, em hipótese alguma. Na verdade, o elenco coral é mediano e limitado, apesar de contar com um bom treinador e alguns bons jogadores.

Os dirigentes do Santinha precisam começar a preparar o time para a Série B, que é uma competição duríssima e que vai demandar não só um elenco forte, mas uma equipe com boas peças de reposição. Aliás, no momento, o Sport está muito melhor neste quesito, pois cada atleta que entra durante as partidas mantém uma regularidade essencial para o bom desempenho do time em campo, o que tem dado força ao esquema tático implantado pelo técnico Eduardo Batista. No caso do Santa Cruz, tem acontecido o contrário, isto é, além de os principais jogadores não estarem rendendo o que se espera deles, os reservas que entram nos jogos também não têm correspondido, à altura, nem às expectativas do treinador Vica nem às da torcida.

O time coral necessita se reforçar para a Série B do Brasileirão 2014, independentemente de suas pretensões em relação ao Estadual. Os últimos tropeços diante do Sport foram importantes porque deverão colocar torcedores e direção num pedestal de humildade, em relação aos pontos fracos da equipe. Por outro lado, no que diz respeito à diretoria do Sport, é crucial não cair no erro tricolor, e achar que agora tem um elenco poderoso que vai sair atropelando todos os adversários que vierem pela frente, pois isso não vai funcionar, porque para disputar o Brasileiro da 1ª Divisão o elenco leonino ainda precisa de ajustes, inclusive com a contratação de alguns reforços de peso para determinadas posições. Em síntese, embora o Sport tenha um plantel respeitável, também não pode incorrer na ilusão de considerar-se o dono da bola pelo simples fato de haver vencido o Santa Cruz três vezes. Indiscutivelmente, pela rivalidade, as vitórias sobre o “freguês” tricolor são significativas justamente por se tratar do seu principal rival no Estado. Entretanto, cautela não faz mal a ninguém. Afinal, se subir para a Série A é tarefa difícil, mais complicado ainda é manter-se na elite, o que demanda, entre outras coisas, foco e planejamento.

Por Josué Batista.

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