Secretário-geral nacional do PSB, o prefeito do Recife, Geraldo Julio, deixou claro que o PSB fará oposição à presidente Dilma Rousseff (PT), em entrevista à Rádio Jornal na manhã desta quarta-feira (29). “Vamos continuar fora. A gente vai continuar fora do governo”, garantiu. O partido rompeu com o PT em setembro de 2013 para lançar a candidatura do governador de Pernambuco Eduardo Campos, que faleceu em agosto, em plena campanha presidencial.
O prefeito recifense disse, porém, que o PSB fará uma “oposição responsável” ao governo federal. Ele também lembrou que quando o partido deixou a base aliada petista, no ano passado, saiu porque discordava de algumas das coisas que estavam sendo feitas no governo.
Apesar de ter apoiado o senador Aécio Neves (PSDB) no segundo turno da corrida presidencial, Geraldo reforçou a tese de que o PSB atuará de forma independente no Congresso Nacional. “A gente está mais perto da nossa história”, respondeu, ao ser questionado sobre a proximidade com petistas ou tucanos. “Nossos compromissos fundamentais são com o povo”, cravou.
A declaração de Geraldo Julio ocorre um dia depois de o vice-presidente do PSB pernambucano, Tadeu Alencar, deixar em aberta a possibilidade de o partido marchar com o PT no plano federal. “Essa foi uma aliança que ela é circunstancial. O que vai definir ao lado de quem estaremos juntos no Congresso Nacional é precisamente a posição com relação a agenda de reformas”, disse Tadeu, ao ser questionado sobre o apoio aos tucanos.
COBRANÇAS – Geraldo Julio voltou a se queixar da concentração de recursos na União e cobrou a liberação de um empréstimo de R$ 500 milhões com o Banco Mundial que depende de aprovação federal. O prefeito também disse que está esperando a reorganização interna do Planalto após a reeleição; mas que nos próximos 15 dias vai solicitar uma reunião com a ministra do Planejamento Miriam Belchior para tratar da liberação de recursos federais para o Recife.
Durante a campanha, lideranças do PSB e aliados de Aécio Neves em Pernambuco passaram a acusar a gestão do PT de retaliar o Estado pelo posicionamento político nacional do PSB. Segundo a vereadora Priscila Krause (DEM), dos R$ 68 milhões de convênios federais destinados ao Hospital da Mulher do Recife e à reforma do Geraldão, apenas R$ 1 milhão teria sido liberado pelo Planalto.
Fonte: Por Paulo Veras, do Blog de Jamildo.
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