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Tiro Livre

Rivalidade Argentina e Alemanha reeditaram a final da Copa do Mundo do Brasil, numa partida memorável, digna de duas grandes potências do futebol mundial. Desta vez, os Hermanos se deram melhor vencendo, na casa dos adversários, por 4 a 2.

Embora a imprensa alemã tenha procurado diminuir a importância do resultado da partida, a verdade é que o placar expressivo em favor dos argentinos confirma que o confronto, apesar do clima “amistoso”, pôs em jogo, além da tradicional rivalidade, outros componentes implícitos. É que eles estavam engasgados com as gozações feitas pelos jogadores da seleção alemã após a conquista da copa. Chegaram, inclusive, a chamar os jogadores alemães de racistas. Por isso, para eles, vencer a partida significou lavar a alma! Fazer os adversários engolir suas provocações! Pois é: os hermanos gostam de tirar onda com todo mundo, mas quando são caçoados perdem a compostura. Logo eles, que costumam nos rotular de “macacos”!

A volta de Dunga Na última sexta-feira, dia 5 de setembro, o Brasil venceu a Colômbia, nos Estados Unidos por 1 a 0. Foi a reedição do confronto entre as duas equipes pela Copa do Mundo. O jogo foi marcado por grande rivalidade, como já era de esperar. Apesar de não ter sido uma partida de muita técnica, os dois times apresentaram muita disposição, raça e vontade de vencer.

O encontro entre as duas equipes marcou a reestreia de Dunga à Seleção Brasileira. Se para muita gente o resultado não significo grande coisa, para ele, pelo menos, a vitória tem um sabor especial. Isto é, representa o reinício de um trabalho, a tentativa de dar a volta por cima. Até aí, tudo bem. Começar uma campanha vencendo é sempre bom. Mas, cabeça-dura, como é, o risco é que ele comece a encarar o resultado como superstição e ache que o time não precise de uma renovação maior. É bom lembrar que dos jogadores convocados por ele, a maioria vêm da seleção de Felipão, que fracassou na Copa do Mundo. Aliás, a própria seleção de Felipão já havia sido formada, na sua maioria, por jogadores remanescentes da desastrosa era Mano Menezes. Não houve renovação. E os resultados forram trágicos. Portanto, renovar a Seleção não deve ser apenas uma decisão do treinador, mas uma necessidade para melhorar a imagem do Brasil no cenário futebolístico e, enfim, recolocar o país de volta no mapa das grandes seleções.

Goleiros O desempenho do goleiro Jefferson, do Botafogo, na partida da última sexta-feira, dia 5, contra a Colômbia, no Maracanã, reacendeu a esperança de que a Seleção Brasileira volte a ter um arqueiro confiante e verdadeiramente convincente. O jogo, em si, não foi lá uma maravilha. Muita correria, muita pancadaria e truculência. Parecia até um videoteipe da partida disputada entre as duas seleções na Copa do Mundo. Houve até uma expulsão do lado colombiano, como havia ocorrido no jogo anterior. E, por pouco, Neymar não se contundiu novamente. Mas a atuação de Jefferson animou o torcedor, que sentiu firmeza nas ações do goleiro. E já era tempo, pois nas duas últimas Copas Júlio César deixou muito a desejar.

Desde a Copa do México, em 1986, até hoje, Taffarel é considerado o melhor guarda-metas que o Brasil já teve. Ele defendeu a Amarelinha em três Copas do Mundo: 1990, 1994 e 1998, sofrendo 15 gols, ao todo. Júlio César, que jogou duas copas, portanto, uma a menos que Taffarel, foi vazado 18 vezes, 14 delas na Copa do Mundo do Brasil. É o pior desempenho de um goleiro brasileiro na história das copas.

Confira o desempenho de outros goleiros da Seleção nesse período: Carlos (Copa do México – 1986) levou apenas 1 gol em toda a competição e foi eliminado nas quartas de final pela França; Marcos (Coreia e Japão – 2002 ) levou 4 gols e foi campeão; Dida (Alemanha – 2006) levou 2 gols e foi eliminado pela França nas quartas de final.

Sport 1 No início da temporada, o técnico Eduardo Baptista, do Sport, declarou à imprensa que sua prioridade seria a Copa Sul-americana. Ele chegou, inclusive, a colocar o Leão como favorito para vencer a competição internacional. Moral da história: Foi surpreendido pelo Vitória-BA, na quarta-feira, na casa do adversário. Como também já havia sido eliminado da Copa do Brasil, agora só resta o Campeonato Brasileiro. E por falar em Brasileirão, embora a equipe esteja relativamente bem classificada, a verdade é que seu desempenho ainda é bastante claudicante. O time ainda não engatou uma sequência convincente de bons resultados. Agora, porém, sem compromissos com outras competições, a torcida espera um rendimento melhor da equipe. E, por cautela, é bom que o treinador ponha os pés no chão e entenda que favoritismo não se conquista com palavras, mas na prática, através de um bom desempenho em campo.

Sport 2 A eliminação do Sport da Copa Sul-Americana para o Vitória-BA, por 2 a 1, em jogo disputado em Salvador, na quarta-feira, 5 de setembro, reeditou um fantasma que vem assustando o clube pernambucano na atual temporada: Ser derrotado por lanternas. O problema tem incomodado a torcida rubro-negra, que tem sido obrigada a ouvir piadas maldosas de torcedores adversários. Alguns deles, por exemplo, rotularam o Leão da Ilha de “ressuscitador de mortos”.

Brincadeiras à parte, o fato é que o Sport, que já havia sido derrotado pelo então-lanterna Figueirense por 3 a 0, no dia 4 de agosto, em Santa Catarina, e para o Flamengo por 1 a 0, no Maracanã, no dia 10 de agosto, acabou sendo surpreendido por outro clube na mesma situação. Detalhe: O Vitória, até a partida em que despachou o Sport, estava na última colocação do Brasileirão.

Por Josué Batista, [email protected].

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