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DNA de Campeão O Sport acaba de conquistar seu 40º título pernambucano. Foi uma conquista merecida. Apesar de ter um elenco com algumas limitações, o time rubro-negro foi superior aos demais, pelo menos nos critérios determinação, entrosamento e organização. Mas, embora o futebol seja um esporte coletivo, há que se destacar como fator preponderante para o sucesso da equipe leonina a inteligência do seu treinador, Eduardo Batista.

Filho de Nelsinho Batista, que atualmente treina o Kashiwa Reysol, do Japão, Eduardo parece ter herdado o talento do pai vencedor, que deu ao Leão da Ilha os títulos de Campeão pernambucano de 2008 e 2009 e da Copa do Brasil de 2008. Na época, Eduardo era preparador físico da comissão técnica comandada por Nelsinho.

A carreira de Eduardo Batista como treinador tem tudo para ser bemsucedida. Uma prova disso foi a conquista da Copa do Nordeste e do Estadual. Para alguns, talvez se trate apenas de sorte de principiante. Mas, se depender do DNA do pai, o futuro do atual técnico do Sport tem tudo para ser bastante promissor.

Racismo no Esporte 1 Nos últimos anos, a humanidade evoluiu bastante, do ponto de vista científico e tecnológico. Mas em relação ao respeito às diferenças, há ainda um grande desafio pela frente. Uma prova disso é a discriminação praticada por vários indivíduos, em todo o planeta, com base na etnia ou na cor da pele dos seus semelhantes. Trata-se de uma postura perversa e vergonhosa que deve ser combatida em todas as instâncias da sociedade, inclusive no esporte.

Os lamentáveis episódios que têm ocorrido ultimamente nos campos de futebol da Europa, por exemplo, comprovam a magnitude da batalha a ser travada. O caso mais recente ocorreu na partida entre Barcelona e Villareal, no dia 27 de abril, pelo Campeonato Espanhol. Durante a partida, vencida pelo Barça por 3×2, um torcedor do Villa atirou uma banana no gramado no momento em que o lateral brasileiro Daniel Alves se preparava para cobrar um escanteio. O jogador do Barça, num ato de maturidade e lucidez e bom-humor, descascou a banana e comeu. Depois do jogo, Dani Alves, que está na Espanha há onze anos, explicou sua atitude para os jornalistas, dizendo já estar acostumado com o comportamento de muitos torcedores espanhóis a quem ele chamou de “atrasados”.

As imagens, que correram o mundo, não são nenhuma novidade, porque outros jogadores, brasileiros e estrangeiros, já foram vítimas desse tipo de torcedores racistas em toda a Europa. No início do ano passado, por exemplo, o atacante alemão, de origem ganesa, Kevin Prince Boateng, na época do Milan, da Itália, chutou a bola na direção da arquibancada após ouvir cantos racistas da torcida do time Pro Pátria durante um amistoso. Indignado, ele deixou o campo e o amistoso foi interrompido. Seis torcedores foram identificados, multados em R$ 30 mil e ficaram presos por até dois meses.

Em 2012, na Eurocopa, competição mais importante de seleções do velho continente, torcedores da Croácia jogaram uma banana na direção do atacante da Itália, Mário Balotelli. Ninguém foi punido.

Em 2011, torcedores do Zenit, da Rússia, jogaram bananas na direção de outro lateral da seleção: Roberto Carlos. Na época, o clube foi apenas multado em cerca de R$ 20 mil.

Racismo no Esporte 2 Mas não é apenas no futebol que existe racismo. No mesmo dia do episódio com Daniel Alves, o cartola Donald Sterling, dono do Los Angeles Clippers, que disputa a NBA, enfureceu o mundo do basquete ao dizer, entre outras coisas, que não gostaria de ver torcedores negros nas arquibancadas durante os jogos do seu time. “Me incomoda muito você querer aparecer ao lado de pessoas negras. Por que você faz isso? Você pode dormir (com negros), pode fazer o que quiser. A única coisa que peço a você é que não divulgue isso. E não os traga aos meus jogos”, comentou ele, em conversa telefônica, entre ele e a namorada, divulgada pelo site TMZ Sports.

O desabafo de Sterling deveu-se a uma foto em que sua ex-namorada, V. Stiviano, que é mestiça, aparece numa rede social ao lado do ex-jogador Magic Johnson, um dos melhores astros do basquete de todos os tempos. Muitos jogadores, ex-jogadores, torcedores e representantes de outros setores da sociedade americana cobraram a expulsão definitiva do cartola do esporte.

As declarações racistas de Sterling irritaram até o presidente Barack Obama, que fez o seguinte comentário sobre o caso: “Quando um ignorante fala para demonstrar a sua ignorância, não podemos fazer nada, só deixá-lo falar”.

Por Josué Batista, [email protected]

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