Esta semana vamos meditar um pouco sobre a arrogância e a humildade, e buscar com isso extrair lições para a nossa vida.
A Arrogância
Altivez, orgulho, insolência, pedância, estes e outros sentimentos estão presentes na vida do homem arrogante. Ser arrogante é ser escravo da natureza carnal, é ser e viver dominado pelo “eu”.
O arrogante pode até tentar se esconder por trás do cinismo, mas sempre revelará quem de fato é através da prática da injustiça, do descaso e desrespeito ao próximo, pelo personalismo ou desejo de autopromoção, pela postura dominadora e opressora, pela facilidade em envergonhar os outros publicamente, pela falta de consideração com as pessoas, pelo comportamento e postura eu tentar demonstrar superioridade em tudo.
O arrogante é um tolo. O arrogante é um pobre e miserável pecador, que precisa urgentemente reconhecer a sua condição. O arrogante não é respeitado, é temido. O arrogante não é querido, é tolerado. O arrogante não é aceito, é engolido. A arrogante pensa ser dono da situação, dono da verdade, dono das coisas e dono das pessoas. Ele não é dono de nada, nem de si mesmo. O arrogante é um tolo.
A Humildade
A humildade é um ideal de Deus para a vida cristã. Ela faz parte da verdadeira vida em Cristo.
A humildade, do grego tapeinós, significa modéstia, a capacidade se colocar e estar numa posição “abaixo de”, sem perder o senso de dignidade pessoal. Jesus é o nosso grande referencial de humildade.
Ele disse: “Tomai sobre vós meu jugo, e aprendei de mim que sou manso e humilde de coração […].” (Mt 11.29)
Para adotar uma postura humilde é preciso ter uma mentalidade humilde (de coração). Comportamentos arrogantes resultam de mentes arrogantes, do pensar altivo.
Somente os humildes se colocam debaixo do jugo de Jesus, e lá permanecem. Muitos já sacudiram e saíram debaixo do jugo de Jesus, para subjugar outros em seus próprios jugos, pesados e opressores.
“Na antiguidade a humildade era compreendida como um sentimento de fraqueza. Jesus tornou o vício em virtude”. (A. T. Robertson)
Ser humilde é considerar os outros superiores a si mesmo (Fp 2.3), considerar o outro em sua subjetividade e necessidade (Fp 2.4), é ter o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus (Fp 2.5-11).
Paulo nos exorta para que nos revistamos de humildade (Cl 3.12-13).
A Contraposição entre a Arrogância e a Humildade
Deus sabe recompensar a humildade e punir a arrogância:
“Agora, pois, eu, Nabucodonosor, louvo, exalço e glorifico ao Rei do céu, porque todas as suas obras são verdadeiras, e os seus caminhos, justos, e pode humilhar aos que andam na soberba.” (Dn 4.37)
“[…] assim diz o SENHOR Deus: Tira o diadema e remove a coroa; o que é já não será o mesmo; será exaltado o humilde e abatido o soberbo.” (Ez 21.26)
“Derribou do seu trono os poderosos e exaltou os humildes.” (Lc 1.52)
“Antes, ele dá maior graça; pelo que diz: Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.” (Tg 4.6)
“Rogo igualmente aos jovens: sede submissos aos que são mais velhos; outrossim, no trato de uns com os outros, cingi-vos todos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, contudo, aos humildes concede a sua graça.” (1 Pe 5.5)
Com certeza a palavra do sábio deve ser considerada, pois nos alerta para o fato de que a soberba precede a ruína (Pv 16.18). É só uma questão de tempo. O arrogante tem seus dias contados, e no momento oportuno, caso não se converta, o Senhor o derrubará do alto de sua soberba, do trono de sua insolência, do pedestal do seu orgulho.
Cultivemos a humildade para a glória de Deus!