Pernambuco Transporte

Alfredo Bezerra fala do segredo do sucesso da Itamaracá Transportes

Folha Metropolitana: Como o senhor analisa o início e a importância da Itamaracá Transportes dentro do transporte público coletivo, não só no Litoral Norte, mas também em toda Região Metropolitana Norte?
Alfredo Bezerra: Desde o início, a empresa procurou fazer um caminho diferenciado, quando começamos era uma empresa pequena, e havia empresas maiores no sistema de transporte coletivo. Então, tivemos de definir um encaminhamento para o destino da Itamaracá. Não poderíamos competir com as grandes empresas do sistema, qual foi a nossa ideia? Em vez de fazer uma empresa grande, decidimos fazer uma grande empresa. Esse foi o nosso grande segredo: uma empresa responsável, moderna e com um excelente nível de qualidade, dentro dos padrões tecnológicos mais avançados que temos hoje. E conseguimos êxito ao longo da história. Hoje, somos referência não somente no estado, mas também nacionalmente. A Itamaracá Transportes é visitada por inúmeras empresas do nosso estado e de outros do Brasil, que vêm para conhecer o padrão que Itamaracá tem. Somos uma empresa padrão nacional.
Folha: A que o senhor atribui este padrão de qualidade ao ponto de ser visitada por várias empresas do setor do país?
Alfredo Bezerra: Primeiro a valorização e capacitação dos nossos colaboradores. Então, uma coisa que sempre digo: É fácil comprar ônibus e colocar em funcionamento, o difícil é fazê-los funcionar com eficiência. As pessoas envolvidas precisam saber o que estão fazendo e para quem estão fazendo. O nosso conceito operacional de transporte é colocar como primazia que o nosso patrão é o cliente, o usuário. Esse conceito está embutido na mente do nosso pessoal, o mais importante é o nosso usuário.
Folha: O que representou o Qualitil na valorização dos funcionários da empresa?
Alfredo Bezerra: Representou o reconhecimento dos nossos colaboradores. Sempre foi uma prática nossa evidenciar, individualmente, cada funcionário no processo de qualificação reconhecimento pelo bom trabalho desempenhado. O reconhecimento sempre foi uma prática de verificação de qualidade individual. É uma competição saudável em que todos querem ser melhores, então é uma disputa do bem, todos procuram fazer o melhor.
Folha: Quais são os principais problemas enfrentados no transporte público atual?
Alfredo Bezerra: O conflito entre a capacidade de gerar serviços de qualidade e dos clientes pagarem por esses serviços é um grande impasse. Nos países desenvolvidos, esse conflito não existe, porque tem investimento públicos. Aqui, infelizmente, não é uma prática no Brasil. O estado eximiu-se da sua responsabilidade e jogou nas mãos dos usuários diretamente. Por exemplo, projeto BRT consagrado no mundo inteiro, as condições são precárias para operar o sistema, as vias estão sempre congestionadas,  embora o equipamento seja de alta qualidade, as viagens sempre ficam atrasadas no trânsito pesado. Esse é um problema sério para ser resolvido pelo poder público competente.
Folha: Quais os planos para o futuro?
Alfredo Bezerra: Uma nova tecnologia que pretendemos adquirir são os ônibus elétricos. Mas o investimento é muito alto. Para se ter uma noção de custo, enquanto um ônibus do BRT custa mais de um milhão de reais, o veículo elétrico custa, atualmente, três milhões de reais. Sem subsídio do governo, o usuário não conseguira bancar. Nessas limitações, a empresa não deixar de vislumbrar o futuro, mas vai fazendo o que é possível.]]>

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