As autoridades de saúde da China anunciaram na manhã da última sexta-feira (31, no horário local, noite de quinta em Brasília), que o total de casos de pneumonia resultante da contaminação por coronavírus chegou a 14.000 em todo o país. O número de pacientes que morreram chegou a 300.
Também de acordo com o relatório da Comissão Nacional de Saúde da China, 1.527 pacientes se encontram em estado grave. Além disso, um total de 15.238 pessoas ainda estão com suspeita de ter contraído o vírus.
Até o momento, 171 pessoas conseguiram se recuperar e voltar para as suas casas.
Epidemia de coronavírus: OMS declara emergência global de saúde.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) decidiu na última quinta-feira (30) declarar emergência internacional de saúde devido à epidemia de um novo tipo de coronavírus que atinge a China. Casos da doença também foram registrados em 20 localidades fora da China. Não houve mortes em outros países até o momento.
Com o novo status, a agência das Nações Unidas vai padronizar as recomendações para todos os países, com o objetivo de prevenir ou reduzir a propagação transfronteiriça da doença, mas também evitando interferência desnecessária no comércio e nas viagens.
Na semana passada, o comitê da OMS havia decidido que ainda era prematuro para declarar emergência. No entanto, após a última reunião, na quinta-feira (23), o número de casos confirmados na China saltou de 571 para mais de 7.700.
Em comunicado à imprensa, o presidente da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que a situação é “sem precedentes”, mas elogiou os esforços que a China tem feito para conter a epidemia.
Ele viajou nesta semana à China, onde se encontrou com o presidente Xi Jinping. “Eu voltei muito impressionado. Eu nunca vi na minha vida esse tipo de mobilização”, afirmou, citando como exemplo a construção de um grande hospital em Wuhan em apenas dez dias.
O presidente da OMS ainda ressaltou que a declaração de emergência “não é um voto de não confiança na China, pelo contrário, a OMS continua a ter confiança na capacidade da China de controlar o surto”.
“Essa declaração não é porque a China não está fazendo o que pode — está até fazendo mais do que deveria fazer. Isto é para proteger especialmente países com sistemas de saúde mais fracos e prepará-los para isso.”
Ele acrescentou que “a OMS não recomenda e, na verdade, se opõe a qualquer restrição a viagens e negócios em relação à China”.
Embora a OMS não tenha autoridade legal para sancionar os países, agora poderá pedir aos governos que justifiquem cientificamente quaisquer restrições de viagem ou comércio que eventualmente sejam impostos durante a emergência internacional.
“Este é o momento de fatos, não de medo; este é o momento para evidências, não rumores; este é o momento para solidariedade, não estigma”, declarou Ghebreyesus.
Desde 2009, a organização declarou emergência internacional de saúde em cinco ocasiões: pandemia de gripe suína (H1N1), em 2009; ebola na África ocidental; poliomielite, em 2014; zika, em 2016; e o atual surto de ebola na República Democrática do Congo. Casos concentrados na China.
Fonte: R7, com Reuters.