Por Jailton Lima
A corrupção no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) revela uma ferida aberta no coração do sistema previdenciário brasileiro. Casos recentes de fraudes envolvendo servidores e intermediários escancararam a fragilidade da estrutura de controle e fiscalização do órgão.
Documentos falsos, concessões indevidas e a participação de funcionários corruptos demonstram que o sistema, além de burocrático, é vulnerável à ação de quadrilhas especializadas.
Enquanto os criminosos lucram, os aposentados e pensionistas – muitos com décadas de contribuição honesta – são os verdadeiros prejudicados. Seja pela demora no atendimento, pela insegurança jurídica ou pela perda de benefícios legítimos, o cidadão que depende do INSS vive um cenário de incertezas.
O problema é estrutural. Faltam investimentos em tecnologia, transparência nos processos e, principalmente, responsabilização efetiva dos envolvidos. A impunidade é combustível para a repetição das fraudes. É inadmissível que, em um país com tantos desafios sociais, os recursos destinados à seguridade social sejam desviados por corrupção.
O Estado tem o dever moral e legal de proteger seus idosos. Qualquer falha nesse compromisso é mais que um erro técnico: é uma traição à dignidade de quem construiu o Brasil com trabalho e confiança nas instituições.