Por Jailton –
A presidente da Associação Betânia, Duci Fontes, inspirada em sua mãe, Dona Alberta Fontes, uma mulher forte que representa todas as mulheres nordestinas, guerreira e humilde, sempre incorporou os ensinamentos de sua mãe em sua vida.
Nas veias de Duci, corre a coragem e o desejo dos aprendizados de Dona Alberta. Neste local, ela desenvolverá projetos voltados para crianças, jovens, adultos e idosos, visando transformar vidas de maneira concreta, atuante e contínua.
Este espaço tem um valor significativo para Duci, porque vai contemplar este grandioso projeto que, certamente, contribuirá para a vida dos abreulimenses.
Duci recebeu uma energia positiva que representa muito em sua vida, pois é aqui que ela realizará seus sonhos e projetos. Para Duci Fontes, este espaço será o local de realização para transformar vidas.
Alberta Josefa de Luna nasceu em 04/09/1920, filha de Josefa Caetana de Arruda e Otaviano Antônio de Luna, natural de Limoeiro, PE. Casou-se aos 17 anos com João Francisco de Fontes, enviuvou e foi mãe de 8 filhos menores.
Alberta e João construíram uma família de 22 filhos, havendo controvérsias sobre o número exato. Uma mulher à frente de seu tempo, Alberta trabalhava na lavoura para garantir a educação dos filhos, enquanto João administrava a fazenda ALAGOINHA, também conhecida como SÍTIO FEITICEIRO.
Joãozinho, como era conhecido, faleceu aos 72 anos, deixando Duci Fontes, a caçula, com apenas 6 anos. Alberta, agora viúva, dedicou-se à agricultura, aos animais e à educação dos filhos. Forte, destemida e curiosa, colocava seus conhecimentos em prática no dia a dia, realizando partos, cuidando da saúde dos animais e produzindo alimentos como queijo, manteiga e coalhada.
Em um período difícil, com poucos recursos, Alberta enfrentou as dificuldades da vida rural, realizando partos, batizando crianças e sendo parteira. Além de cuidar dos afazeres domésticos, costurava as roupas dos filhos e netos, era comerciante e presenteava todos nas reuniões de pais e mestres, devido ao grande número de filhos.
Carismática com crianças, religiosa, vaidosa e amante da música de Luiz Gonzaga, Alberta tinha um coração generoso e ajudava a todos que a procuravam. Seus filhos e netos participavam das tarefas domésticas, uma tradição que continua sendo praticada por eles até hoje.
Em 1980, mudou-se para Abreu e Lima, mantendo viva a cultura agrícola em sua memória, cuidando de suas fruteiras e transmitindo seus conhecimentos aos netos. O legado de Alberta permanece na família Fontes, evidenciado nas habilidades de seus descendentes, como a força e coragem de Duci.