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Globalização do Litoral Norte

O Brasil das desigualdades em seus municípios Segundo levantamento do índice Firjam de desenvolvimento Municipal (IFDM), 55% das cidades brasileiras têm desenvolvimento médio, lamentavelmente existe um processo discriminatório em relação às cidades do Norte e Nordeste em relação ao Sul e Sudeste. O país não conseguiu romper com o abismo da desigualdade regional.

De acordo com o estudo, a atual dinâmica de desenvolvimento das cidades, as regiões Norte e Nordeste levariam 29 e 26 anos respectivamente para alcançar os indicadores registrados em 2011 pelo Sul do país, são 92,3% dos municípios que registraram desenvolvimento moderado ou alto. O levantamento é a partir de dados nacionais sobre educação, saúde, emprego e renda. O país atingiu a média de 0.7320 pontos. A escala define que até 0,4 o desenvolvimento é baixo. Entre 0,4 e 0,6 a avaliação é regular, entre 0,6 a 0,8 o desenvolvimento é moderado e acima desse patamar estão os municípios com alto desenvolvimento.

O resultado do país é 1,8% superior ao do ano anterior. É a primeira vez que o índice registra o critério “desigualdade” no cálculo do desenvolvimento, os dados reforçam a distância entre as regiões. Os 500 municípios com os resultados mais baixos com a média de 0,4231 precisariam 13 anos para atingir o patamar dos 500 municípios mais desenvolvidos com média de 0,8179 considerada alta na classificação.

A comparação considera o ritmo de crescimento dos últimos 5 anos. Há uma evolução inequívoca no período, mas os desafios mudaram, Norte e Nordeste avançaram muito, mas ainda estão longe do patamar Centro-Sul, os desafios mudaram e as exigências da sociedade são bem mais altas. A expectativa está no acesso e na qualidade de serviços prestados.

Entre os 500 municípios com as menores médias 36% estão na Bahia com 182 cidades, mais que o dobro do segundo estado com maior incidência, o Maranhão. O pior resultado foi de Santa Rosa dos Purus (AC) com índice de 0,281 pontos. No topo do ranking das dez primeiras posições liderado por Louveira (0.916 pontos) e São José do Rio Preto (0,915 pontos).

Esses levantamentos demonstram a ineficiência do aparato público quando falamos em investimentos. O Brasil não se reorganiza no quesito impostos, mantém uma política antiquaria com um falso volume em suas arrecadações. Tendo sempre um crescimento, mas por outro lado um crescimento desenfreado nas contas públicas. Sabemos que existe um percentual altíssimo na informalidade, essa prática passa a ser corriqueira no âmbito nacional e sabemos que acaba acontecendo a desigualdade aos que pagam seus abusivos impostos.

Ouvimos por diversos anos que precisamos fazer uma reforma tributária onde é necessário equilibrar nossos tributos para atrair a informalidade e inibir a sonegação. A mantenção desse regime tributário mostra que os políticos apenas têm o interesse de manter a pesada estrutura da máquina pública, deixando o país sempre no alerta quando falamos em investimentos estrangeiros ou mesmo nacionais. A velha desconfiança é atribuída pelos descasos sociais, não existem investimentos adequados na infraestrutura, educação, saúde e etc., e quando é feito temos o problema da qualidade dos fornecedores. Para terem uma margem absurda em seus lucros, utilizam de materiais ou serviços inferiores ao que sempre propõem em fazer, chamamos do velho jeitinho brasileiro.

Por Jurandir Filho, [email protected]

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