ENEM: a prova de fogo
Quando chega a hora da prova do ENEM, não são apenas os alunos que ficam ansiosos, os representantes do Governo Federal em conjunto com Ministério da Educação sabem dos problemas ocasionados no passado e que trazem para atualidade boatarias e incertezas, principalmente nas redes sociais.
Nesse ano quase 5 milhões participaram da avaliação, registrando 29% de abstenção e sem incidentes graves, sendo a maior edição do exame nacional, mesmo tendo mais de 2 milhões que não compareceram. O MEC chegou a anunciar que criaria medidas para inibir os faltosos, mas não concretizou, acabou recuando dessa atitude. Nos vestibulares tradicionais a abstenção fica em torno de 10%. Mesmo tendo uma quantidade grande de faltosos houve um aumento de 20% em relação ao ano anterior.
Sabemos da importância desse instrumento avaliativo e de reestruturação no Ensino Médio vislumbrando a possibilidade de universalização da aplicação do exame aos concluintes no futuro próximo. Aos nossos jovem e adultos a possibilidade deles saberem as suas reais condições em relação ao desenvolvimento educacional. O objetivo maior é democratizar as oportunidades de acesso às vagas federais do ensino superior, possibilitar a mobilidade acadêmica induzindo a reestruturação dos currículos do ensino médio.
Desde 1930, quando o Ministério da Educação foi criado no período do Presidente Getúlio Vargas, um grupo de intelectuais preocupados em elaborar um programa de política educacional amplo e integrado defendia a Bandeira de uma escola única pública, obrigatória e gratuita, logo após com aprovação da primeira lei das Diretrizes e Bases da Educação (LAB) os órgãos municipais e estaduais ganharam mais autonomia.
Há quase 90 anos, o MEC busca promover um ensino de qualidade com ações integradas, sabendo que investir na educação básica significa investir na educação profissional e superior. Concordo com a política de pensamento mais discordo com as ações praticadas. Não consigo visualizar diferenças nos processos educacionais e sabemos é o que mais acontece nas regiões, discriminação nos investimentos, falta de uma educação profissionalizante atuante, falta do envolvimento dos pais, alunos, professores e gestores, somente com esse compromisso de integrar a todos, teremos uma educação de base ao ensino superior com qualidade.
Por Jurandir Filho, [email protected]
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