Por Jailton Lima
“Desmando com a aplicação do dinheiro público na cidade de Abreu e Lima está priorizando obras de maquiagem no centro da cidade”, a declaração foi feita por Jairo Gonçalves, ex-candidato a prefeito em 2020, à Folha Metropolitana, no último doa 30 de julho.
Jairo já vem denunciando os supostos desmandos da atual gestão municipal nas suas redes sociais. Por isso, procurou a Folha para pontuar e chamar a atenção da população para o que ele chama de “aplicação indevida dos recursos públicos”.
Segundo o líder da oposição, os recursos de quase R$ 16 milhões destinados à requalificação das avenidas Brasil e Duque Caxias ao longo da BR-101, que cortam o município.
Ele afirmou que o dinheiro está sendo mal-empregado, uma vez que todo o volume dos recursos está sendo investido em “obras de pedra e cimento”, com a construção de pista de corrida, pavimentação dos canteiros das Rodovia BR-101.
“É um grande absurdo gastar quase R$ 16 milhões na requalificação das avenidas. É muito dinheiro desperdiçado nessa obra, quem é que está ganhado com essa obra? A população que não é”, denunciou Gonçalves.
Jairo criticou também o estado de abandono da gestão municipal com as estradas do Distrito Industrial de Abreu e Lima, que está deteriorado e intransitável.
“Por que o prefeito não destinou parte desses recursos para recuperar a Avenida Assedipe? Por que não enviou recursos para fazer o hospital funcionar de verdade?”, criticou.
Jairo Gonçalves denunciou também os recursos que a Prefeitura Municipal gastou no valor de quase R$ 17 milhões destinados para asfaltamento e pavimentação.
“Mas o que se vê são ruas danificadas como é o caso da Rua Sete de Setembro, em Caetés Velho. E o pior é que a Prefeitura está asfaltando ruas que já estavam pavimentadas, enquanto isso, as estradas do Distrito Industrial estão intransitáveis, que é a principal via de acesso aos bairros de Caetés I, II e III”, concluiu Gonçalves.
Confira abaixo os principais pontos denunciados por Jairo Gonçalves:
“O prefeito Flávio gastou R$ 16 milhões para asfaltar várias ruas já pavimentadas, inclusive com camadas de asfalto bem abaixo do necessário, alguns trechos foram verificados por mim, com 1,5 cm de asfalto. Cabe ao Ministério Público investigar se essa camada de asfalto está de acordo com a planilha orçamentária. Há irregularidades nas camadas de asfalto licitadas, isso pode gerar um desvio de verba pública, e isso é passivo de uma investigação mais correta pelos órgãos fiscalizadores”, denunciou Jairo.
“A gestão atual também gastou tanto com asfalto de ruas que não eram emergenciais, poderia pegar duas caçambas de asfalto e fechar as crateras da Av. Assedipe, seria um paliativo que iria beneficiar as pessoas que transitam por lá, principalmente os bairros de Caetés I, II e III, ele não faz por pirraça, alegando que é de responsabilidade do Governo do Estado, a responsabilidade do Estado é com a PE-18, que foi recuperada, ali é uma via local do Distrito Industrial de Abreu e Lima, e a BR é de competência do Governo Federal”, explicou.
“E esses dois recursos na ordem de R$ 34 milhões estão sendo gastos, para maquiar as avenidas e mostrar para quem passa pela cidade que está trabalhando. É só entrar nas periferias e vê a desgraça que está no município, não investe na limpeza das galerias para evitar os alagamentos das ruas, na contenção das barreiras dos Caetés, desabando sobre as famílias, os postos de saúde faltando médicos e remédios”, criticou o líder da oposição.
“Abreu e Lima recebeu recursos do Governo Federal para conter os alagamentos das recentes chuvas desse ano e onde foi aplicado os recursos? O dinheiro da Covid, vieram milhões reais, e onde estão? E o hospital nem funciona, aqui não tem leito, não tem nada, é uma situação crítica, é uma administração pífia que temos em Abreu e Lima”, afirmou.
“A limpeza da cidade é falha, as ruas e os meio- fios cobertos com mato nas margens da Rodovia BR-101, os esgotos a céu aberto, transmitindo doenças, são muitas falhas. Na zona rural, ninguém consegue passar de carro, a não ser de caminhão ou carro alto, bloqueando o acesso dos moradores de Jaguaribe. Isso é um absurdo”, declarou Jairo, afirmando que vai denunciar essas supostas irregularidades ao Ministério Público.
“Quero deixar claro que é um absurdo a contratação de uma empresa, com sede no bairro de Jaguaribe, pela Prefeitura Municipal, com um contrato de quase R$ 3.800 milhões para fornecer merenda escolar por um período de 90 dias. A empresa tem o capital social de R$ 3.500.000,00, e não poderia assinar o contrato de R$ 3.752.298,00. Isso fere a Lei 8666/93, que é a lei de licitações. Isso é um absurdo, vamos acionar o Ministério Público, referente à aquisição desses matérias, conforme documentos que temos em mãos”, concluiu Jairo Gonçalves.
Foto: Jailton Lima/FM (Capa)
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