Paulo Câmara cumprimenta alunos da rede estadual que partiram para intercâmbio no exterior. (Foto: Bobby Fabisak)[/caption]
A bancada do Partido Socialista Brasileiro (PSB) na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) tem nova reunião agendada para hoje, às 14h30, para tratar da composição da mesa diretora da Casa. Apesar de nos bastidores a informação ser de que o Palácio fechou a questão e irá apoiar o quinto mandato consecutivo de Guilherme Uchoa, há oito anos no cargo, o chefe do Executivo disse ontem que a decisão do partido ainda não é certa. Oposição, sociedade e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) têm feito fortes críticas e questionamentos à recondução de Uchoa.
“Esperamos que a bancada se una e que os 35 deputados da base aliada consigam chegar, nos próximos 15 dias, a um nome que una mais, que agregue mais. Ficarei muito satisfeito se conseguirmos chegar a esse movimento de união e sairmos com um nome que represente a maioria dos nossos aliados”, afirmou Câmara. Sobre o andamento do diálogo com as demais bancadas, o governador reiterou que tem sempre dito que “é importante se chegar a um consenso”.
“É uma eleição que cabe ao poder legislativo e queremos que o legislativo tenha condições de sair fortalecido. Eles contribuíram muito para o governo de Eduardo nos últimos anos e queremos que continuem contribuindo”, acrescentou. Nos bastidores, o nome de Waldemar Borges chegou a ser dado como forte concorrente. Mas o PSB tem na indicação de um nome o risco de perder a eleição para a oposição e enfraquecer o apoio na casa.
Ontem Betinho Gomes (PSDB) e Rodrigo Novaes (PSD) fizeram pressão e colocaram ainda mais fogo à discussão. Novaes chegou a dizer, em texto publicado no Blog de Jamildo, que “Hoje, Hugo Chavez, conhecido ditador venezuelano, já falecido, viesse passear pela Rua da União se sentiria no Miraflores”. “A Assembleia acumula uma pauta negativa. A imagem do legislativo não é boa”, dizia o texto.
Betinho também defendeu a necessidade de garantir o fortalecimento da casa, “interna e, sobretudo, externamente”. “O atual presidente cumpriu o seu ciclo na Alepe, dialogou bem com parte dos parlamentes, mas perdeu a condição política de representar uma parte significativa dos deputados e, principalmente, de falar para fora da casa. Isso é um elemento grave”, argumentou. A reportagem tentou contato com o presidente estadual do PSB, Sileno Guedes, mas não teve sucesso.
Fonte: Por Raíssa Ebrahim, do JC Online.
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