Abreu e Lima Cidade em Ação Esporte

Tiro Livre

Abreu e Lima está fora da Copa dos Campeões A participação do Real Caetés na Copa dos Campeões das Ligas do Interior chegou ao fim no último sábado, 29 de novembro, quando a equipe de Caetés II foi goleada por 4 a 0 pelo Santa Cruz. de Carpina. Representante de Abreu e Lima na competição, o Real teve um desempenho relativamente  bom na primeira fase, classificando-se em segundo lugar no grupo D. Na segunda fase, porém, o time caiu de produção, perdendo os dois jogos que disputou. Foi derrotado por 1 a 0 pelo Valência, de Igarassu, e, em seguida, levou um chocolate do Santa Cruz, de Carpina: 4 a 0. Confira o retrospecto da equipe abreulimense nas demais partidas disputadas: 3 a 2 contra o Atlético, de Camaragibe, 2 a 1 contra Santa Cruz, de Carpina, WO contra o Atlético, de Camaragibe, 2 a 2 contra o Valência, de Igarassu.

[caption id="attachment_3400" align="alignleft" width="400"]O meia Aderlan foi um dos destaques do Real no torneio. O meia Aderlan foi um dos destaques do Real no torneio.[/caption]

Destaque Embora tenha sido desclassificado da Copa dos Campeões das Ligas do Interior, o Real Caetés apresentou um elenco bastante interessante. Alguns atletas se destacaram na competição. Um exemplo é o meia Aderlan, de 24 anos. Um dos artilheiros do time de Caetés II, com dois gols, ele saiu da competição como um dos artilheiros da equipe, atrás apenas do atacante Diego, que marcou três vezes.

Aderlan, cujo nome de batismo é Aderlan Jorge Lima de Santana, mora em Caetés I e é um atleta já experiente, que defendeu algumas equipes tradicionais do município, entre elas Garra Negra e Planaltense. Ele participou de outras competições organizadas pela Federação Pernambucana de Futebol, como o Pernambucano Infanto-juvenil, em 2004 e 2005, e o Pernambucano de Juniores, pelo Ipiranga, de Santa Cruz do Capibaribe, em 2009. “Mas eu comecei a jogar futebol na Escolinha de Canhoteiro, em Caetés I, quando eu tinha 9 anos”, revelou o jogador. A relação entre Aderlan e a Escolinha de Canhoteiro durou, a princípio, dois anos. Em seguida, o atleta foi jogar no Vênus Futebol Clube, outro time do bairro, dirigido pelo técnico Daniel Henrique (Dinho), no qual permaneceu até completar 16 anos. “Depois disso, eu voltei para a Escolinha de Canhoteiro”, explicou.

No auge dos seus 24 anos, idade já considerada “avançada” para quem pretende seguir carreira no futebol, Aderlan tem consciência de que é muito difícil chegar a vestir a camisa de algum time profissional. “Não tenho mais expectativa de ser jogador profissional tanto pela idade quanto pela dificuldade de se conseguir um bom empresário. Eu não tenho dinheiro para isso”, afirmou ele, reconhecendo que, apesar de tudo, ainda é possível jogar em times de menor expressão, o que, na sua opinião, tem lá suas vantagens. “Nos times pequenos a visibilidade é maior. Nos times grandes quem tem mais oportunidade é quem tem dinheiro. Nos pequenos a gente joga mais, tem mais chance de aparecer”.

Para Aderlan, que chegou a concluir o Ensino Médio, a descrença no que se refere ao aspecto financeiro do futebol não o impede de buscar alternativas. Ele revelou estar ponderando sobre um convite recebido para fazer um teste para o futsal do Náutico, na semana que vem. “Eu acho que é mais fácil tanto pela idade como pela possibilidade de acesso à faculdade”, explicou o jogador, lembrando que alguns clubes de futsal têm parcerias com faculdades, o que facilita o acesso dos atletas a cursos superiores. Segundo ele, é a oportunidade de unir o útil ao agradável. Ou seja, continuar jogando bola, mas buscando nos estudos um objetivo maior.

[caption id="attachment_3401" align="alignleft" width="400"]O Campo do Planaltense, no bairro do Planalto, está na lista dos espaços ameaçados de desaparecer. O Campo do Planaltense, no bairro do Planalto, está na lista
dos espaços ameaçados de desaparecer.[/caption]

Falta de espaço Desportistas de Abreu e Lima se queixam da falta de espaço para a prática do futebol no município. Segundo eles, as áreas destinadas ao esporte não têm crescido no mesmo ritmo do aumento da população. Os praticantes do futebol denunciam que os campos estão desaparecendo ano após ano. Para eles, a especulação imobiliária, o crescimento desordenado da população e as invasões irregulares estão entre as principais causas do problema. Ainda de acordo com os boleiros, uma prova clara desse “fenômeno” é o que vem ocorrendo no bairro do Planalto, que já perdeu o tradicional Campo de seu Renato, e que corre risco de perder também o Campo do Planaltense. Eles afirmam que outros bairros estão enfrentando o mesmo drama, como é o caso de Caetés II, cujo campo local já está sendo ameaçado a perder sua área para os invasores de terra. As invasões nas proximidades do campo podem, na opinião deles, pôr fim ao espaço de lazer dos peladeiros em poucos anos.

Por Josué Batista, [email protected].

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