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A difícil vida de quem vive na informalidade

Cotidiano – Por Márcio André:

Com a crise econômica instalada no País, agravada pelo desmando do governo do PT; os primeiros a sofrerem as consequências foram os trabalhadores dos mais variados segmentos. Com quase 13 milhões de desempregados, muitos dos brasileiros têm como única e exclusiva opção a informalidade para manter suas vidas e a dos seus familiares. Para que os trabalhadores possam suprir seus gastos básicos com a alimentação, moradia, saúde, vestuário, higiene, transporte, entre outros, eles têm que se “virarem nos trinta”.

Se levarmos em consideração o salário que a nossa Carta Magna nos garante para sustentar o poder aquisitivo do cidadão e de sua família (família com quatro pessoas), o salário mínimo era para ser, desde de janeiro de 2019, no valor de R$ 3.928,73, segundo o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (DIEESE).

Infelizmente, todos os “esforços” dos governos passados foram apenas para implantar um projeto de poder que tinha como finalidade a perpetuação no comando do país, deixando de fora quem realmente gera riqueza e renda para a nação.

A Folha Metropolitana foi às ruas e conversou com alguns desses trabalhadores que estão na informalidade, e trabalham nos semáforos da cidade de Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife. “Reconhecemos que não temos uma formação adequada, mas os políticos poderiam nos ajudar”, afirmou Charlene da Silva, 39 anos, que mora com quatro filhos e trabalha há três anos como vendedora no semáforo da cidade, de terça a domingo, das oito às dezoito.

Charlene já havia trabalho como diarista, mas assim que a crise chegou, seus patrões ficaram sem condições de pagarem pelos seus serviços. Sem opção, ela teve que se submeter à venda de pipoca, água e salgadinho.  Com o dinheiro que consegue, paga o aluguel de R$250,00, compra alimento e roupa para os filhos.

“Graças a Deus que recebo o Bolsa-Família que ajuda e, agora, que o atual governo anunciou o 13° Salário do Bolsa vai melhorar ainda mais”, explicou.

“Tenho o segundo Grau e experiência em várias áreas”.

Já na conversa que tivemos com o Washington Constantino, de 34 anos, casado, e que há quatro anos trabalha vendendo água, pipoca, além de ajudar uma mulher a vender milho assado e passarinha.

Ele tem experiência nas funções de estoquista, serigrafia e almoxarifado e que, durante um bom tempo, procurou emprego mais não obteve sucesso. Desde então, deixou de ir atrás e passou a ser vendedor ambulante. “A situação do país está muito ruim, espero que melhore e a gente melhore junto com ele”, declarou.

Infelizmente, a situação passou a ser muito mais grave, depois da política adotada pelo governo petista, que desviou bilhões da Petrobras, do BNDES, dos fundos de pensões, entre outros. Além, também, de investir outros bilhões em países da América Latina e subverter todos os níveis de negociação entre o setor público e o privado.

Como podemos ver, esses são os relatos daqueles que, fazendo chuva ou sol, têm que ir em busca do pão de cada dia, para garantirem sua sobrevivência. Para eles, que não podem dar-se ao luxo de cruzarem os braços, o que lhe restam é: (…) fazer de cada recuo um ponto de partida para um novo avanço(…). (Cecília Meireles – Ponto de Partida)

Foto: Márcio André

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