Pernambuco Política

Eduardo acusa jogo político em denúncia

Para Eduardo, relatório da PF não difere da auditoria da Controladoria do Estado. (Clemilson Campos/JC Imagem) Para Eduardo, relatório da PF não difere da auditoria da Controladoria do Estado. (Clemilson Campos/JC Imagem)[/caption]

Cotado para disputar a presidência da República, o governador Eduardo Campos (PSB) apontou a existência de supostos “interesses políticos” por trás da iniciativa da Polícia Federal que, no último domingo (22), solicitou ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE), a abertura de uma investigação sobre os contratos firmados pelo Executivo estadual com a empresa Ideia Digital, no valor de R$ 77,5 milhões. O pedido aconteceu um dia após a divulgação, em matéria publicada pelo jornal Folha de São Paulo, do inquérito que constatou irregularidades na contratação da mesma empresa pela prefeitura de João Pessoa (PB), em 2010. Na época, a cidade era administrada por Ricardo Coutinho (PSB), atual governador da Paraíba.

A versão da PF é de que o dinheiro usado para pagar a empresa na capital paraibana teve como destino final o financiamento da campanha de Coutinho ao governo do Estado. A verba era originária de um convênio firmado entre a prefeitura de João Pessoa e o ministério da Ciência e Tecnologia, cujo titular, naquele ano, era Sérgio Rezende (PSB). Antes dele, a pasta foi comandada, em 2004 e 2005, pelo próprio Eduardo. “Ninguém aqui é inocente para achar que não há interesse político. Ninguém é inocente”, disse Eduardo após participar da abertura do Fórum do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia. Durante todo o evento, o governador permaneceu com o semblante sério.

Em Pernambuco, a empresa Ideia Digital firmou dois contratos com a secretaria de Educação e outro com a de Ciência e Tecnologia. As contratações foram suspensas após a divulgação, em 2012, dos primeiros indícios de irregularidades na relação da empresa com a prefeitura de João Pessoa, pelo programa Fantástico, da Rede Globo.

Em sua defesa, o governador Eduardo Campos diz que solicitou, na época, a apuração dos possíveis problemas nos contratos à Controladoria-geral e ao Tribunal de Contas do Estado (TCE). “A Controladoria esperava que o inquérito da Polícia Federal trouxesse informações que pudessem contribuir para a investigação. O que ocorre é que a PF não fala, não prova, nem comprova absolutamente nada em relação a Pernambuco”, alegou Eduardo, sem mencionar o pedido de abertura de investigação enviado ao MPPE .

O governador também afirmou que sua preocupação não é “desqualificar” a denúncia, mas “responder à sociedade com tranquilidade”. De acordo com ele, a Controladoria-Geral do Estado deverá apresentar seu “diagnóstico” dentro de 30 dias com base nas informações que ela própria recolheu. Eduardo também saiu em defesa do correligionário, Ricardo Coutinho, a quem classificou de “político sério, honrado e com vida pública bonita”.

Fonte: Por Débora Duque, do Jornal do Commercio.

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