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Especialistas dão dicas de como comprar na web com segurança na Black Friday

As 24 horas que mais aquecem o comércio online estão chegando: o Black Friday Brasil terá início na próxima sexta-feira, dia 28 de novembro. Segundo estudos realizados pela ClearSale – empresa que cuida da segurança dos sites do e-commerce – em 2013, o evento movimentou R$ 424 milhões, 95% de aumento em relação ao ano anterior, que apurou R$ 217 milhões. Junto com esses números, os riscos de fraudes e golpes ao consumidor também aumentam. Como forma de proteger o comprador, especialistas aconselham: a dica é pesquisar e pesquisar, seja para conseguir uma oferta vantajosa seja para não cair em um golpe virtual.

Antes de comprar, é importante verificar a confiabilidade do site, checando se há reclamações sobre a loja no portal do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). “Além disso, o Procon de São Paulo dispõe de uma lista online de sites que devem ser evitados,” recomenda o coordenador geral do Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) de Pernambuco, José Rangel. Ele ressalta, ainda, que o consumidor precisa ficar atento a preços muito baixos. “Desconfie de preços fora do normal, muito diferentes do que é pedido normalmente pelo produto. Por exemplo: uma TV de 49 polegadas que custa, originalmente, R$ 1 mil, e está sendo oferecida por R$ 700 está muito barata. É estranho se não for de uma loja muito conhecida” explica. Outra medida que facilitará a vida de quem deseja comprar durante o período das promoções, com tranquilidade, é procurar verificar se a loja possui o selo eletrônico “Black Friday Legal”. Ele é a identificação que confirma o comprometimento da loja em praticar ofertas reais e a não maquiar preços. Criado desde o ano passado, esse programa foi desenvolvido pela Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, em parceria com o Busca Descontos. Todas as lojas que apresentam o selo passaram por análise realizada pela Câmara e assinaram o Código de Ética, sendo considerados como lojas que seguem as boas práticas do comércio eletrônico. Segundo a Câmara, mais de 500 empresas receberão o selo Black Friday Legal. Aqueles que não seguirem as regras poderão ser expulsos do evento. O site oficial do Black Friday Brasil também apresentará uma lista de varejistas que estão cadastrados de acordo com o regulamento.

REPUTAÇÃO De acordo com Pedro Eugênio, fundador do Busca de Descontos, site de ofertas que trouxe pela primeira vez a data para o Brasil, o consumidor deve sempre realizar compras em lojas conhecidas e bem avaliadas por outros clientes. “O comprador deve procurar checar a reputação da loja para se precaver. Ele deve, também,.pesquisar as ofertas e preços dos produtos que tem interesse antes e no dia do Black Friday” sugere. Além disso, devem, ainda, ficar atentos ao prazo de entrega, que pode ser um pouco maior devido ao volume de vendas”, explica Pedro Eugêncio.

MAIORES CUIDADOS Um ponto importante para evitar o roubo de dados de cartão de créditos e informações pessoais, o comprador precisa estar atento a um pequeno cadeado durante os trâmites de pagamento, geralmente localizado na barra de digitação do navegador. De acordo com o diretor de Serviços e Consultoria da VTEX, empresa que trabalha com plataforma e-commerce, Rafael Forte, ele é o certificado de segurança virtual. “Aquele cadeadozinho é a certeza de que seus dados estão seguros. As informações são criptografadas, ou seja, embaralhadas para que se torne mais difícil de serem decifradas” explica. Apesar disso, de acordo com o diretor, é possível que alguns prestadores de serviços de má fé se utilizem de todas as formas regularizadoras para aplicar um golpe. “Essas lojas são temporárias, elas funcionam durante o período de compras para lucrar e depois somem do mercado” explica Forte. De acordo com ele, é muito difícil identifica-los, pois muitas vezes utilizam um CNPJ falso e não tem razão social. Nos casos de as lojas atrasarem ou não entregarem o produto em bom estado, conforme acertado no momento da compra, o Procon deve ser acionado. Segundo o coordenador geral do Procon-PE, José Rangel, já houve situações em que o consumidor recebeu em sua residência um tijolo, ao invés do produto comprado. “A pessoa que se sentir lesada deve denunciar a má prestação de serviço, que logo será inserido no cadastro de reclamações fundamentadas do Procon” orienta. De acordo com Rangel, episódios como esse, que envolvem fraudes e estelionato online, é configurado como golpe e além do Procon, a delegacia de defesa do consumidor também deve ser acionada de imediato.

RECLAMAÇÕES O consumidor que se sentir lesado deve procurar o Procon, através do número 0800 28 21512 ou pelo atendimento presencial na rua Floriano Peixoto, 141, bairro de São José. A vítima deve apresentar a carteira de Identidade (RG) original ou do seu representante legal, cópias simples dos documentos que provem o assunto reclamado: notas fiscais, cupons fiscais, recibos, boletos bancários, pedidos, manuais, certificado de garantia, ordens de serviço. O Procon vai notificar a empresa, que terá um prazo de 10 dias para solucionar o problema. Caso não haja acordo, será aberta uma denúncia contra a empresa.

Fonte: Por Marina Afonso, da Folha de Pernambuco, e Derik Guimarães, do Folha PE.

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