Por Márcio André
Pesquisa realizada pelo instituto Ipsos em 27 países apontou que os brasileiros são os que mais acreditam em notícias falsas. O estudo foi realizado entre os meses de junho e julho de 2018, e 62% dos entrevistados responderam que acreditaram em informações que foram boatos, segundo o jornal Valor Econômico.
(Para mais informações: juliano Basile/Valor/08 de outubro 2018).
Após os acontecimentos das manifestações de 2013, foi possível perceber que a população brasileira passou a ter uma concentração em extremos opostos, em especial no campo da política, e tornou-se uma sociedade dividida e polarizada.
Os meios de comunicação, por sua vez, têm sido o responsável pela potencialização e disseminação desse “fenômeno”. É muito comum ouvimos notícias mentirosas ou “meias verdades”.
Hoje, de forma mais evidente, a informação dada tem como propósito confundir ou induzir ao “erro” dos seus espectadores, para atender determinados grupos e ideologias.
Segundo Pablo Ortellado, pesquisador e monitor do Debate Político no Meio Digital da USP, em matéria publicada na BBC News Brasil, “quando essa polarização acontece um polo considera o outro ilegítimo, gerando tomadas de posição automaticamente contrárias ao outro. Isso torna as pessoas muito apaixonadas, e a capacidade de reflexão crítica caí. É por isso que as pessoas não conseguem reconhecer que estão recebendo notícias falsas”, afirmou Ortellado.
Esse é um bom momento de corrigir a atual conjuntura, refletir sem radicalismo e mudar drasticamente essa estatística. A polaridade não combina com a sociedade que deseja evoluir, pois ela tira a capacidade de apreciação e julgamento dos fatos.
Veja porque o Brasil se transformou em um terreiro fértil para difusão de notícias falsas...
Em virtude disso, é necessário deixá-la – polarização – de lado e seguir “o caminho do meio, do equilíbrio”, como recomendou Sidarta (Buda), e nos unir para vencer essa “guerra” que desinforma e nos segrega. Como diria Mônica Mara “Todo excesso esconde uma falta”.
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