Por Jailton Lima –
Além das balas perdidas fatais e a violência da criminalidade – que são duas marcas bem presentes no seio da população carioca -, o Estado do Rio de Janeiro tem que conviver, mais uma vez, com as tragédias incendiárias.
Quem não se lembra do desfecho daquele episódio – ocorrido no dia 20 de agosto -, que culminou com a morte de um bandido que mantinha pessoas reféns num ônibus, sobre a ponte Rio-Niterói, quando o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, desceu de um helicóptero da Polícia Militar correndo e vibrando, como se fosse a conquista de um final de copa do mundo, o desfecho bem sucedido da PM. Quem não se lembra? A imagem eufórica correu os principais canais de mídia.
Entretanto, com a tragédia do Hospital Badim, que resultou na morte de 11 pessoas e fora os 77 feridos, esperava-se uma ação efetiva – com emoção e pesar profundos- do governador Witzel. Mas, infelizmente, essa atitude ainda não aconteceu. Ele deveria chorar e lamentar a dor das famílias, vir a público e tentar demostrar, na mesma intensidade, como fez com a morte do sequestrador; suas condolências sinceras. Mas não deu, pelo menos, com uma expressão contundente e convincente.
No caso do incêndio do Hospital Badim – ocorrido na última quinta-feita (12), no Rio -, o governador Witzel não deveria mostrar à população um sentimento de solidariedade relevante às famílias enlutadas? Isso não ocorreu. Afinal, sua frieza com o resultado dessa tragédia, leva-nos a crer que o governador não sentiu, de fato, a dor da perca das pessoas envolvidas no incêndio.
O destino de uma cidade marcada pelo fogo. Confira os 3 casos mais recentes:
# Incêndio destruidor no Museu Nacional;
O incêndio ocorreu em setembro de 2018, e destruiu mais de 80% do acervo. O Patrimônio Público Nacional virou cinzas. Não havia nenhum sistema de segurança contra incêndio.
# Incêndio no alojamento do Ninho do Urubu;
Em fevereiro desse ano, um curto-circuito no sistema de ar-condicionado, em um dos alojamentos dos aspirantes de jogadores do Flamengo, provocou um outro incêndio e levou à morte dez adolescentes. O alojamento não tinha o certificado do Corpo de Bombeiro de funcionamento.
# Incêndio no Hospital Badim.
E por fim, o incêndio fatal que matou 11 pessoas no Hospital Badim, é uma unidade de saúde particular que faz parte da Rede D’Or São Luiz. O prédio foi construído há 19 anos no Maracanã, mas não tinha um sistema eficiente de segurança contra incêndio.
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Em pouco mais de um ano, Rio teve três incêndios trágicos que mataram 21 pessoas e destruíram grande parte da história mantida em museu — Foto: Arte/G1.
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Foto: Celso Pupo-Fotoarena-Estadão Conteúdo
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