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Dois dias depois de ouvir do presidente nacional do PT, Rui Falcão, que a legenda deve apoiar a candidatura a governador do senador Armando Monteiro (PTB) em Pernambuco, o deputado federal João Paulo (PT) defendeu na manhã desta quarta-feira (15) que o PT pernambucano não deve entrar em atrito com o comando nacional da sigla, com o ex-presidente Lula ou com a presidente Dilma Rousseff.
“Eu digo sempre que a melhor posição para o PT é, primeiro, ele se unificar e ter a unidade interna do partido. Segundo, não ter nenhum tipo de atrito, nem dificuldade com a direção nacional do partido, nem com Lula e nem com Dilma. De forma que eu vou incorporar a posição desse entendimento entre o PT de Pernambuco e o PT nacional”, afirmou, em entrevista à Rádio Jornal.
Hoje, o partido trabalha com duas hipóteses. Enquanto parte da legenda acredita que seria melhor ter uma candidatura própria que poderia favorecer o segundo turno, outro grupo crê que o PT precisa apoiar Armando logo no primeiro turno para fortalecer o palanque pela reeleição da presidente Dilma Rousseff. Dilma deve enfrentar o governador Eduardo Campos (PSB) na disputa pela Presidência da República; o que faz de Pernambuco um estado estratégico para as eleições deste ano.
Apesar de ser o escolhido para dar o recado da Nacional ao PT pernambucano, João Paulo diz que a decisão ainda não está tomada e que ela passará pela direção estadual da sigla. “O que nós temos, na verdade, é mais uma posição do presidente nacional do partido, do próprio presidente Lula, da própria presidenta Dilma, que aconselha o PT a uma aliança com Armando”, diz.
Nova presidente da legenda, a deputada estadual Teresa Leitão prepara a primeira reunião do Diretório Estadual de 2014 para o próximo sábado (18). O encontro deve definir a formação de uma comissão para discutir a tática eleitoral do partido para as próximas eleições.
O formato, defendido por Teresa, pode causar ainda mais acirramento dentro do PT porque outras lideranças, como o senador Humberto Costa, acreditam que a definição precisa acontecer o quanto antes para que o partido comece a se articular desde já.
De acordo com João Paulo, um dos problemas da articulação com o PTB é a relação do senador, que é ligado a grupos empresariais, e a ala sindical petista. “Nós vamos ter que conversar sobre o programa de governo, relação com os movimentos sociais, ter um diálogo com a nossa base sindical”, assumiu.
Cotado para ser o candidato a senador na chapa do PTB, o ex-prefeito do Recife disse ainda que não há definição tomada quanto ao espaço que o PT ocuparia na coligação e que isso será decidido em conjunto com as outras legendas que irão compor a aliança.
Fonte: Por Paulo Veras, do Blog do Jamildo.
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