Cidade em Ação Paulista Política

Insatisfeitos com as condições de trabalho, servidores de Paulista cruzam os braços

Os servidores municipais do Paulista, na Região Metropolitana do Recife (RMR), decidiram cruzar os braços, por tempo indeterminado, promovendo a paralisação do atendimento, a partir desta quinta-feira (1º), nos segmentos da educação, saúde, limpeza pública, tráfego e segurança. De acordo com o Sindicato dos Servidores Municipais do Paulista (Sinsempa), cerca de 300 trabalhadores rejeitaram a contraproposta de 5,62% apresentada pela administração municipal. Na manhã desta quarta-feira (30), um grupo se reuniu na frente do edifício sede da prefeitura, munido de faixas, cartazes e apitos, para cobrar soluções. A categoria denuncia, entre outros pontos, a desvalorização profissional e a falta de estrutura física nos diversos órgãos da cidade.

[caption id="" align="alignleft" width="331"] Paulista terá paralisação do atendimento em vários setores, incluindo educação, saúde, entre outros. (Foto: Reprodução)[/caption]

“Apesar de ser um município de grande importância para a economia do Estado, Paulista vive uma realidade vergonhosa em todos os setores. Não existe um plano de carreiras decente para os servidores, que se veem totalmente desrespeitados”, ressaltou a vice-presidente da entidade sindical Jucineide Lira. Segundo ela, os salários adotados no município estão entre os menores do Nordeste, levando os profissionais a deixarem o cargo. “Um médico diarista amarga proventos de R$ 1,2 mil. É uma vergonha!”, criticou. A falta de concessão de tickets alimentação, para o cumprimento de jornadas laborais acima de seis horas, também está entre as principais reclamações.

O pleito inicial cobrava da gestão o repasse de 30% para todos os servidores municipais, além do pagamento do FGTS dos celetistas, manutenção dos pagamentos dos quinquênios, licença-prêmio e da estabilidade financeira. No campo da educação, o órgão denuncia a falta de eleições diretas para a direção escolar, o que classifica como uma gestão antidemocrática. “Várias escolas tiveram atrasos na execução de reformas, atrapalhando o início das aulas e prejudicando o cronograma letivo”, afirmou, lembrando o caso da Escola Firmino da Veiga, localizada no centro da cidade.

Ainda de acordo com o Sinsempa, a paralisação será mantida até a próxima quarta-feira, quando será realizado um novo encontro para avaliar os rumos do movimento. Procurada pela reportagem, a Prefeitura do Paulista informou que encontra-se impossibilitada de conceder qualquer outro benefício aos servidores municipais. A gestão não esclareceu as falhas apontadas pelos trabalhadores e alegou estar acima do limite prudencial com gastos com pessoal, imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Fonte: Por Marcílio Albuquerque, da Folha de Pernambuco.

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